sábado, 23 de novembro de 2013

ARQUIVO ZECA FONSECA



Durante gravações de MANDRAKE, ou melhor num intervalo entre uma cena e outra, fiz essa fotografia da excelente atriz Maria Luiza Mendonça. Rio de Janeiro. 2007.
Considero os retratos como uma das vertentes mais interessantes da fotografia. O fotógrafo trava uma relação de cumplicidade com a pessoa fotografada; uma aliança repleta de possibilidades e armadilhas perigosas. É o que mais gosto!!

ARQUIVO ZECA FONSECA


Um surfista corre para o mar com fome de onda! Fotografia integrante do livro sobre as praias do Rio de Janeiro, publicação da Editora Capivara. Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, 2005.

ARQUIVO ZECA FONSECA


O editor do Jornal O Globo me incumbiu de fotografar a inauguração da nova iluminação dos Arcos da Lapa. A foto seria para a primeira página, portanto tinha de ser rápido. Mas eu não queria simplesmente fazer um registro; tinha de arrumar um jeito de colocar minha marca naquela imagem, e percebi que com o trânsito pesado do início da noite poderia aproveitar as luzes traseiras dos veículos. Foi o que fiz usando uma velocidade de obturador bem lenta, e a câmera no tripé. 1998

ARQUIVO ZECA FONSECA



Nessa fotografia dos mendigos alegres, inseridos naturalmente num dos cartões postais mais representativos da cidade do Rio de Janeiro, podemos observar um fenômeno social que culminou com a banalização do erotismo nos dias de hoje. Observem a data em que a fotografia foi feita, 1983, naquela época existia mais glamour embutido no erotismo de uma maneira geral. Usei um rolo de filme Kodachrome para a sequência de fotos que culminou nessa que aqui exposta; lá pela metade do filme o mendigo feliz, ou alegre se preferirem, começou a abaixar a roupa de sua namorada, ou sei lá que nome podemos dar a uma namorada mendiga. 
Os seres felizes da sociedade, que são assim chamados porque obtiveram sucesso financeiro, é que são os verdadeiros seres tristes que precisam empregar o dinheiro desse capitalismo viciado em que vivemos para terem uma falsa sensação de felicidade. Os mendigos não são tão alienados e nem tampouco excluídos da sociedade como a grande maioria das pessoas teimam em pensar. Os mendigos são mais livres e mais orgulhosos de sua liberdade do que todas as outras pessoas que compõe a sociedade merda em que vivemos e que confunde erroneamente a liberdade orgulhosa deles com vadiagem. E para terminar a minha defesa dessa fotografia, e citando a grande fotógrafa Diane Arbus: a imagem puramente técnica perde para a imagem carregada de informações e complexidades como esta aqui em cima.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Enquanto uma mulher com quem me envolvi usa meu nome para penetrar em círculos sociais e profissionais da qual nunca pertenceu, eu me envergonho e renovo meu arrependimento diariamente por um dia ter me envolvido com tal mulher peçonhenta.

domingo, 3 de novembro de 2013

FRASES DE ZECA FONSECA

"Talvez os cães sejam o que restou de fidelidade nesse mundo pós- contemporâneo em que vivemos; onde nossos valores éticos e morais estão sendo estuprados em plena luz do dia. Todos nós assistimos sem protestar a esses abusos em série que diariamente ganham mais força. Somos homens e mulheres alienados porque pensamos que essa derrocada dos princípios não irá nos afetar. Somos covardes porque nos omitimos em diversos assuntos que nos atingem direta e indiretamente, como a violência generalizada imposta ao planeta e ao indivíduo. Esquecemos ou fazemos vista grossa a esses assuntos que deveriam estar nos tirando o sono. Mas, ao contrário, nos entupimos de ansiolíticos e anestésicos para não vermos aquilo que está gritando à nossa frente. Tapamos nossos olhos com as tarjas pretas das drogas que consumimos. Mas, querem saber? A verdade é que estamos sendo impelidos a retroceder. Cada dia que passa é um dia que andamos para trás. Recuamos de costas; olhamos para frente, mas imprimimos uma ré em nossas máquinas de carne e osso."... (texto extraído do conto "Panela de Pressão" do livro "ARTÉRIAS", 2011).

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

FRASES DO ESCRITOR ZECA FONSECA

"A ironia é a última instância dos inteligentes; nos ignorantes, é a violência." frase extraída do livro "Pandemonium" (2010, Ed.Faces)de Zeca Fonseca.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

O poeta inglês William Blake diz que o caminho do excesso leva ao palácio da sabedoria. Lemok, o personagem narrador de Pandemonium, talvez não encontre um palácio ao final de sua jornada, mas sem dúvida trilha a passos largos os caminhos e descaminhos do excesso. Ou dos excessos, no seu caso. E por mais que beba todo tipo de álcool barato, aspire as mais tortuosas carreiras de cocaína e se embrenhe por intrincadas e sinuosas vaginas esfíngicas, consegue sempre manter à vista uma bússola que lhe indica algum destino possível. A agulha ereta dessa bússola é a própria narrativa de Zeca Fonseca, vigorosa como um pontapé. Ou um gancho no fígado. Seguindo a melhor tradição de grandes fodedores que revolucionaram a literatura ocidental, como Henry Miller e Charles Bukowsky, Zeca Fonseca consegue manter o foco literário mesmo quando coloca Lemok para analisar fezes na privada, dissertar sobre o valor medicinal da urina quando ingerida ou descrever as fragrâncias ginecológicas de uma velha senhora desfalecida ao seu lado, na cama. A literatura de Zeca Fonseca não faz concessões ao politicamente correto ou ao literariamente palatável. Como Dante, ele sabe que uma passagem pelo inferno é inevitável de vez em quando e que uma prosaica desilusão amorosa pode desencadear as mais terríveis e desesperadas consequências afetivas e estéticas. Zeca Fonseca tem a consciência de que no grande e barulhento sertão de uma metrópole, as veredas são os canos do esgoto. Tony Bellotto.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

VENDO YAMAHA MT-03 14.500,00

EM ÓTIMO ESTADO; APENAS 6.300 KM RODADOS; BAGAGEIRO GIVI, OBSERVE NA FOTO A BASE SEM O BAÚ! ENCOMENDEI PARA-BRISA PUIG PARA ELA! IPVA PAGO; SEM MULTAS; DOCUMENTO OK!

quinta-feira, 27 de junho de 2013

sexta-feira, 19 de abril de 2013

O grande Joaquim Barbosa será perseguido, ou paulatinamente execrado, pelos seus próprios colegas e pela classe jurídica como um todo. Sabem por quê? Porque ele é do bem e deseja o nosso bem (digo dos cidadãos de bem). O nome disso é corporativismo do mal; ou máfia dos situacionistas! Adoraria poder fazer alguma coisa para ajudar esse grande homem! Não duvido nada que tentem assassiná-lo. A impunidade está aí mesmo para mostrar que isso não impossível de acontecer. Uma pena que esse nosso país seja tão tacanho e por vezes perigosamente selvagem.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

PANDEMONIUM, 336 páginas Editora Faces, 2010 Abaixo um trecho: "A ironia é a última instância dos inteligentes; nos ignorantes, é a violência."