domingo, 24 de abril de 2011

Império dos bundas moles, ou NUNCA É TARDE PRA RESPONDER AO JABOR.

Só hoje, mais de três anos depois de ser escrito, eu li uma crônica do Arnaldo Jabor com data de 2007, chamado "Bundas duras". Nós temos amigos em comum, mas sinto uma aversão incomum ao modo prepotente e presunçoso de ser do cronista ao escrever sobre o cotidiano da gente. Geralmente ele fala de assuntos que enaltecem os pouco enaltecidos como, por exemplo, as mulheres feias e descuidadas. Tenho certeza de que o seu egocentrismo o impede de entender estas palavras, já que ele, Jabor, se acha o suprassumo da intelligentzia nacional. Quiçá mundial; seu ego é profundo. Vejam seu último filme e entenderão o que eu quero dizer.
O fato é que mais uma vez fiquei indignado com o machismo ultrapassado de Arnaldo Jabor. Enquanto ele vai achincalhando as mulheres que ficam bonitas graças a tratamentos ou qualquer coisa que seja com intuito de se embelezar; ao mesmo tempo vai apregoando que as mulheres legais são as que comem torresminhos inocentes em 'pés-sujos' de luxo, e não ligam para a própria aparência. Afinal pra quê serve um shampoo ou um desodorante íntimo? Essa mulheres do Jabor devem perder menos tempo na frente do espelho, mas em compensação ganham mais volume em suas barrigas flácidas como as bundas que carregam orgulhosas. Mulheres mal amadas por elas mesmas.
Eu, daqui da minha caverna, vou comendo a minha linda melancia todinha e disparando os caroços em machistas recalcados. Ah! E tira o olho da minha melancia. Vá se esbaldar com sua uva passa. Passa!
Zeca Fonseca
Niterói, abril de 2011

terça-feira, 19 de abril de 2011

PROFISSÃO: ADVOGADO

Os advogados são os verdadeiros representantes do capital ou do poder gerado por ele, o dinheiro farto. Eles, os advogados, defendem com unhas e dentes (mas conseguem estar sempre impecáveis, alguns brilham como os brilhantes)o capitalismo e todos os seus tentáculos. Não podemos esquecer que existem os advogados públicos, inofensivos para quem é honesto, são os procuradores que defendem os interesses dos governos, e indiretamente o direito e o bom senso que irá no final das contas, se realmente se fizesse justiça sempre, beneficiar a todos os cidadãos de bem que podemos também denominar CONTRIBUINTES de um sistema na qual acreditam).
Vamos lá. Uns advogados são maravilhosos, e com suas posturas honradas agregam a boa fama que a profissão carrega ao longo de décadas. Contudo não podemos deixar de levar em consideração os maus advogados que defendem o capital do mal. Grana suja que precisa ser protegida, maquiada, do que restou de honestidade nas máquinas governamentais e em suas esferas municipal, estadual e federal.
Será que existe advogado defendendo os cidadãos que tem pouco capital, ou advogado é uma espécie de jóia de boutique que só pode ter quem tem muito?
Precisamos pensar e repensar a sociedade de um modo global, mas só poderemos fazer isso entendendo as diversas camadas que compõem a cagada empedrada que nos engessa a todos. Pensem!
Zeca Fonseca
Niterói,19 de março de 2011

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Hoje poupei a vida de uma barata!

Estava andando na rua.
Feliz apesar de todas as atrocidades que são desferidas contra a gente todos os dias e embaladas com o título de informação. Acho uma tremenda invasão a integridade sentimental do ser humano o modo virulento como os meios de comunicação exploram os fatos anormais. Vivemos todos uma dor globalizada; um sentimento de perda, mesmo sem ter perdido nada.
O dia estava ensolarado, e protegia meus olhos olhando mais para baixo que o normal. Num dado momento meu computador de bordo detectou, de acordo com o sincronismo de meus passos, que iria pisar em cheio em uma barata cascuda e aparentemente grávida de dezenas de baratinhas. Normalmente eu apertaria o passo para me certificar que estaria esmagando uma senhora matriz de inseto tão repugnante e malévolo. Mas hoje, não sei porque, eu fiz o possível para poupar a breve vida daquela barata. Não sei o que deu em mim. Eu salvei a vida dela e de seus futuros filhotinhos nojentos. Onde eu estava com a cabeça?
Bem. Tudo bem! As baratas sempre estiveram aqui na Terra.
Que vivam as baratas e os baratos! Mas só por hoje, porque amanhã voltarei a ser um serial killer de baratas urbanas.
Zeca Fonseca
Niterói, 8 de abril de 2011